CORRIDA DE TOIROS POVOA DO VARZIM
10/08/2008
Toiros do Eng Ruy Gonçalves com pesos a oscilarem entre os 450kg e os 500kg
Para a serem lidados pelos cavaleiros Francisco Cortes, Ana Batista, Pedro Salvador e António Brito Paes
Estando as pegas a cargo do Grupo de Forcados Amadores de Lisboa e Grupo de Forcados Amadores do Aposento da Chamusca.
Entrada: meia casa forte
Nesta praça de importância histórica para o grupo , fardaram-se por ordem de antiguidade Amtónio Josè Casaca, Nélson Lopes, José Carlos Eusébio, João Miguel Mendes Pereira, Alexandre Carriço, Ricardo Eusébio, Pedro Maria Gomes, João Vasco Lucas, Pedro Miranda, Francisco Mira, Pedro Nunes, Manuel Guerreiro, João Mota Ferreira, Pedro Baptista, Fernando Santos, Manuel Correia e Josè Magro. De referir que o nosso cabo José Luís Gomes optou por nao se fardar, estando presente com o grupo na trincheira, com os lesionados Luís Segão e Nuno Baptista, ambos a convalescerem de lesoes, desde aqui os meus desejos de rápidas melhoras a estes dois importantes forcados na història recente do GFAL.
Para o primeiro toiro desta tarde poveira, o cabo escolheu Pedro Baptista, forcado que apesar do pouco número de toiros pegados e de alguma inexperiência, se evidencia pela sua serenidade e classe dentro da area.
Na primeira tentativa após brinde à Aficion Povense, anda calmo e sereno para o toiro, citando com muita classe, no entanto, após o toiro não investir com prontidão e no momento desejado, o Pedro tem um momento de hesitação, sendo que o toiro arranca sem o forcado mandar convenientemente na sua investida , não se conseguindo fechar.
Na segunda tentativa o Pedro cita com a mesma beleza artistica e classe, anda para o toiro com muita serenidade e ao carregar a sorte com decisão, este arranca com prontidão e o forcado a recua perfeitamente na caira do toiro, a consentir na perfeição a investida e a reunir em boas condicões, sendo que aguenta bem um forte primeiro derrote, fugindo o toiro ao grupo, não sendo possivel para o primeiro e segundo ajudas entrarem com prontidão, no entanto com uma excelente terceira e quarta ajuda, respectivamente do João Mendes Pereira e do João Lucas, dá-se por consumada esta pega, bem rematada pelo rabejador Francisco Mira.
Cavaleiro e Forcado da cara deram mercerida volta à arena.
O terceiro toiro da ordem, neste caso o segundo a ser pegado pelo G.F.AL. , apresentou-se como o mais pesado e toiro mais sério. Sendo como se diz na gíria taurina um toiro “aspero”, o eleito para pegar de caras, foi o forcado Pedro Miranda. Forcado jà com alguns anos de grupo, que normalmente prima pela sua valentia, brindando a sorte ao público poveiro.
Na primeira tentativa o Pedro anda para o toiro com decisão, citando, carregando e recuando bem, no entanto não consegue reunir da forma desejada sendo projectado com um violento derrote.
Nas restantes tentativas apesar do forcado da cara estar bem,o toiro no momento da reunião mete mal a cara, não possibilitando ao Pedro fechar-se, sendo que na terceira tentativa o forcado da cara ainda se consegue fechar, vindo no entanto o toiro com a cara por baixo não possibilitando aos ajudas fechar a pega.
A pega é consumada à 5ª tentativa, com bastante decisao e querer do Pedro, após ter sido bastante mal tratado nas restantes tentativas, já a sesgo anda com muita valentia para o toiro sendo a pega consumada com boa primeira ajuda de J.P.Mota Ferreira.
Num sinal de grande dignidade , a chamada “verguenza torera”,Pedro Miranda recusa dar a volta á arena, sendo este gesto retribuido com uma bonita atitude do cavaleiro Pedro Salvador que durante a sua merecida volta á arena ofereceu o tricórnio ao Pedro.
No último toiro da tarde para ser pegado pelo GFAL, o nosso cabo apostou na màxima “Cordobez em Cordoba”, sendo não um Cordobez, mas dois , pois neste caso para a cara do toiro foi Ricardo Eusébio e, o primeiro ajuda, o seu irmao José Carlos Eusébio, forcados com muitos anos de dedicacão e bastantes kms de GFAL, pois importa referir que estes forcados são naturais de Guimarães. Sendo filhos e sobrinhos de antigas glórias do nosso grupo.
Após sentido brinde a Aurora Cunha , essa grande figura do atletismo Português, ela também juntamente com os manos Eusébio , uma das mais importantes personalidades do Norte do país, o Ricardo anda para o toiro com decisão (pegando sem barrete, honrando assim esta caracteristica do nosso grupo), no entanto na primeira tentativa não se consegue fechar da melhor maneira. Emendando com eficácia na segunda tentativa, sendo bem ajudado pelo seu irmão.
Ambos os manos Eusébio deram merecida volta à arena com o cavaleiro, sendo que a aficion povense entrou em extase total ao ter conhecimento que eram dois forcados do norte que estavam a dar a volta à arena.
O G.F.A, do Aposento da Chamusca pegou os seus toiros respectivamente à quarta e segunda tentativas.
Após a corrida o grupo teve um aprasível jantar, onde o convivio foi de salutar, sendo que para uns foi apenas o final de mais uma corrida, para outros foi o final de mais uma digressao do GFAL, de 3 dias como é habito para os mais duros, mas essa digressão será objecto de pormenorizada análise em distinta crónica .
Em nota de conclusão gostaria de referir o facto do G.F.A.L. se apresentar na praça da Póvoa do Varzim, com três elementos fardados originàrios do norte do paìs, refiro-me aos incontornàveis irmaos Eusébio, e ao jovem Manuel Correia (Natural de Viana do Castelo), ilustrando deste modo a grande pluralidade e diversidade patente na longa e gloriosa história do G.F.A.L. .
Com os melhores cumprimentos,
Armando José Barreira Belchior Nunes
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