11 agosto 2013

Terrugem



Terrugem, 3 de Agosto de 2013

Desta vez é bem mais fácil escrever um apontamento sobre a prestação do nosso Grupo, em primeiro lugar porque esteve irrepreensivel, das ajudas aos caras, passando pelo rabejador. Em segundo lugar, porque infelizmente, por lesão de um touro durante a lide, só tivemos oportunidade de pegar dois touros, o que me facilita a vida na escrita! 

Já não pegávamos na bonita Terrugem Alentejana há já alguns anos, facto que, juntamente com a ganadaria que enfrentaríamos, Charrua, actualmente representada pelo nosso amigo Gustavo Charrua, neto do fundador, Sr. António Charrua, nos aumentava a responsabilidade.

Para tal empresa o Cabo Pedro Maria optou por forcados mais experientes, de forma a não deixar escapar o triunfo e a segurança da actuação, assim foi, não vou, nem consigo individualizar as pegas, por ambas terem sido muito iguais, muito por culpa dos touros e dos forcados, tanto o primeiro, pegado à primeira pelo João Luz, como o segundo, também pegado à primeira, pelo Manuel Guerreiro (que fazia a dobradinha) após a correctissima reunião de ambos, João Luz e Manuel Guerreiro, viajaram com a cara por baixo, tirando brilho, mas nunca mérito à pega, quando as coisas são bem feitas parecem fáceis, aos olhos do espectador mais distraído ou menos exigente, puro engano, o mérito em fazer tudo perfeito retira muitas vezes brilho, são as pegas para os aficionados. Pena que os touros não tenham transmitido um pouquinho mais, tinha sido o ideal.
Os ajudas, todos, e os rabejadores entraram na hora para consumar duas bonitas pegas, que ficam para a história da nossa passagem, esperando que seja a primeira de muitas, pela Terrugem.

No que toca aos cavaleiros não posso deixar de destacar a actuação do Filipe Gonçalves, mais uma de muitas que felizmente está a ter esta temporada. Correctos e discretos estiveram os seus alternantes, Mia Brito Paes, a quem tocou o infortúnio da lesão do seu segundo touro, tendo deixado a lide a meio e Tiago Carreiras, francamente bem no seu primeiro.

Alternámos com os Amadores de São Manços, que vieram a ganhar o troféu da melhor pega, com uma excelente pega ao touro com mais emoção. Realço a nobreza e simpatia do gesto deste Grupo que, ao ver que o touro do Grupo de Lisboa se lesionara e que não haveria sobrero, que pegaríamos apenas dois touros, convidou gentilmente alguns elementos do GFAL, após brinde, para partilhar a pega do seu último. Bonito gesto que agradeço enquanto aficionado.

Uma nota final sobre a corrida, sobre um touro, o terceiro da corrida, um colorado, "Coelho Capaz", incansável, repetidor, fixo, emotivo, resumidamente, tudo aquilo que procuramos, ganadeiros e aficionados, bravo!

Ao cair do pano um agradecimento à Carmen, Concha e restante família, onde já incluo, como "gaiato mais novo", o nosso Mota Ferreira, pela recepção, repasto e habitual simpatia. É um prazer conviver desta maneira, se não tivessemos corrida no dia seguinte, os rebujitos tinham caído de outra forma!

Íamos na segunda de três...a poucas horas do marisco da Rosa Amélia...mas isso são contas de outro rosário!
Um abraço amigo!

Bernardo Salgueiro Patinhas

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