19 maio 2012

Santiago do Cacém


No ano de 2009 houve um acordo entre alguns grupos da ANGF, no qual se estabeleceu que só se pegaria com 3 ou mais grupos em festivais ou corridas de homenagem.
Este ano, esse acordo foi revisto e deixou de haver excepções, ou seja, os mesmos grupos não pegam qualquer espectáculo taurino com 3 ou mais grupos de forcados.

Em fevereiro deste ano, fomos convidados para pegar a corrida de Santiago do Cacém com o Grupo de Beja, conforme foi anunciado no dia 9-5-12 no site http://www.touroeouro.com/index.php/page/news/1/1989.

Hoje, segundo os cartazes já expostos, surge um 3º grupo para essa corrida.

Perante esta situação e agindo conforme o acordo estabelecido com os outros grupos, não pegaremos a corrida de dia 3 de Junho de 2012 em Santiago do Cacém.

Grupo de Forcados Amadores de Lisboa,

Pedro Maria Gomes

09 maio 2012

Para um grande Grupo, só um grande CABO. Eis o GFAL



Passados 7 anos, regressámos a Vila Franca de Xira e à centenária Palha Blanco. Terra de Toureiros, Forcados, Campinos, Ganadeiros e onde, na sua grande maioria, as pessoas são aficionadas e conhecedoras do toiro bravo e da corrida à Portuguesa.
Exemplo disso mesmo, são as suas feiras taurinas de Outubro e as festas da sardinha assada, alturas em que o toiro é o maior atractivo.

Para o Grupo de Forcados Amadores de Lisboa, muito embora todas as corridas e praças sejam de igual importância, pelas noites e tardes de glória que já lá alcançámos, esta corrida transmitia outro “som” e outra responsabilidade.
Como se tudo isto não bastasse, estávamos perante uma das corridas mais aguardadas da temporada (“a corrida da emoção”), pela imponência e trapio dos Canas Vigoroux que iriam sair à praça para ser lidados.

Os dados estavam lançados, vamos aos factos:

Praça de Toiros: Palha Blanco – Vila Franca de Xira
Empresa: Tauroleve
Ganaderia Canas Vigoroux: 1º, Negro, 610 kg – 2º, Jabonero, 670 kg – 3º, Negro, 585 kg
Cavaleiros:  Luís Rouxinol, Manuel Telles Bastos e João Salgueiro da Costa
Grupos de Forcados Amadores de Lisboa e Vila Franca de Xira, capitaneados respectivamente por Pedro Maria Gomes e Ricardo Castelo
Assistência:  ¾ de casa
Direcção de Corrida:  Delegado Técnico Tauromáquico Sr. Ricardo Pereira

Antes de me iniciar pela crónica propriamente dita, gostava de fazer um ponto prévio. À entrada para a praça, dizia-me um prestigiado cavaleiro “ isto hoje, é uma corrida para homens”. Para nós, esta temporada, era a 2ª corrida da época, seguida de uma corrida não menos duríssima em que pegamos três toiros da ganaderia Palha no Campo Pequeno. Nessa corrida, não tivemos sorte, mas saímos de cabeça bem erguida, mostrando um grupo coeso e com muita vontade tanto de forcados da cara como dos ajudas! 

Aos que cá andamos, são estas corridas que dão gozo, as corridas em que sabemos à partida que vamos ter o momento em que conseguimos superar todas as contrariedades com que nos venhamos a deparar e, em que temos que estar o mais concentrados possível e, como sempre, “dar o corpo ao manifesto” para que tudo e todos saiam sem mácula. Se acho que nesta corrida poderíamos, nalguns casos, ter feito um pouco mais, acho. Agora se me perguntaram se sai da praça envergonhado com a nossa prestação, não só não sai dessa forma, como mais uma vez penso que saímos de cabeça erguida, honrado (como sempre) a nossa jaqueta, bem como a figura do forcado amador.

Antes de passar às nossas pegas, tenho que dizer, que efectivamente, os toiros eram uma estampa e, que só pela apresentação já metiam o seu respeito. Em virtude do 1º toiro do grupo de Vila Franca ter sido recolhido aos curros por ter saído desquadrilhado, uma vez que pegámos os nossos três toiros de seguida na primeira parte e o grupo de Vila Franca os seus três na segunda parte da corrida, quase que posso dizer que assisti a duas corridas, o que bem vistas as coisas, não deixa de ser verdade, face à diferença do comportamento evidenciada pelos toiros de uma parte para a outra.

O 1º “Canas” que nos calhou em sorte com o peso de 610kg, foi lidado com grande valor pelo Cavaleiro, Luís Rouxinol.
Foi um toiro que veio de menos a mais e que durante a lide demonstrou que se iria empregar assim que se sentisse abraçado pelo forcado da cara, qual comboio a fazer concorrência aos que passam na linha junto à Palha Blanco.

É aqui que começa a relação com o título. Depois de todas as adversidades e “lutas” que já travou, sabendo que era nossa 2ª corrida, vendo as dificuldades que ali poderiam estar e, até para manter uma tradição antiga de ser o Cabo a abrir praça, o nosso Pedro Maria Gomes perfilou-se para a pega dando o mote para a forma como teríamos que encarar esta corrida: “Antes quebrar que torcer”. Brindou aos antigos elementos que ali viveram tantas corridas de glória: José Augusto Baptista, Horácio Lopes, José Maldonado e um especial em direcção ao céu, para o grande Domingos Barroca. 

Na 1ª tentativa e muito embora o toiro viesse com bastante pata, parece-me que houve ali alguma hesitação a partir das segundas ajudas, que toiros destes, que pedem contas cá atrás, não costumam perdoar.
Na 2ª, penso que o “PP” não se consegue fechar bem de braços e o toiro, já com a lição estudada, já vinha a fazer mal.
Na 3ª, uma boa reunião com o grupo a entrar bem. Com a vontade de ajudar e resolver, acabaram  por tropeçar uns por cima dos outros permitindo que o toiro se desviasse acabando por despejar o PP.

Chegamos à 4ª tentativa e, se no princípio referi que em grande maioria o público da Palha Blanco é entendido dos toiros e das corridas, há dois motivos que me levam a não conseguir perceber algumas reacções e os assobios por parte dos “treinadores” que estão confortavelmente na bancada, onde tudo parece fácil: No que há pega diz respeito, estipula o regulamento que os grupos dispõem de 3 tentativas ou de 5 minutos para a concretizar. Face aos acontecimentos e às indicações que o toiro vinha a dar, se calhar era mais bonito fazer as coisas sem calma, e arriscarmo-nos a soar o toque para a saída à arena dos cabrestos e ter o director de corrida a dar ordem para o toiro recolher “vivo” aos curros. Eu não acho, e penso que com uma boa decisão do nosso Cabo, ao ir-mos para a 4ª tentativa através da sorte sesgada, só mostrámos “verguenza torera” e que queríamos resolver a papeleta com vontade e eficiência!

O nosso segundo, um jabonero impressionante com 670 kg, teve uma lide regular e asseada pelo Manuel Telles Bastos.

Mais um comboio (será mesmo por causa da linha?!?), este com a dificuldade acrescida de ter sido um toiro bastante difícil para colocar, uma vez que assim que avistava um forcado, lá vinha ele pronto para arrear. 
Para este toiro, o escolhido foi Gonçalo Maria Gomes. É sem dúvida um forcado que qualquer grupo gostaria de ter, arriscando-me mesmo a dizer que “aquela” altura da reunião, hoje em dia, só o Gonçalo. O ideal para qualquer forcado da cara, seria pegar todos os toiros à primeira tentativa. Sabemos que isso nem sempre é possível, mas posso dizer-vos que em todos os anos que levo de Grupo de Lisboa (11) ainda não se contam por todos os dedos das minhas mãos, o número de vezes que o Gonçalo teve de ir à cara de um toiro mais do que uma vez. Se isto não dá confiança a um Cabo e a um Grupo, então que dará..?
Brindou à família Casquinha, que tão bem nos soube acolher! 

Neste em especial, pelas dificuldades que apresentava para se fixar, na primeira tentativa saiu solto e o nosso Gonçalo não se conseguiu fechar como tão bem sabe. Na segunda, e com o Gonçalo já a mandar ma investida, pudemos assistir a um dos momentos (senão o momento) da tarde. Pega de fazer o público levantar-se a aplaudir em unanimidade o Gonçalo, o Grupo e ainda com uma chamada especial (mais do que merecida) do Mota Ferreira para acompanhar na volta dada à praça.

O nosso último, com 585kg, foi lidado pelo cavaleiro João Salgueiro da Costa. Pese embora o esforço do jovem cavaleiro, tínhamos pela frente um toiro que ainda se encontrava “inteiro” para a pega.

Para a cara deste, foi escolhido o Pedro Gil. É um forcado que já demonstrou que tem valor para andar para a frente, mas que não tem tido sorte. Penso que é mais do que merecida esta oportunidade.

Na primeira tentativa, o Tita não se conseguiu fechar de pernas e acabou por ser despejado sem hipótese de ajuda. Na 2ª tentativa, o toiro entrou pelo grupo como uma bala e depois despeja o Tita com um derrote para baixo já perto das terceiras ajudas. Na terceira tentativa, e com o toiro cada vez a empregar-se mais, enorme par de braços do Tita e o grupo bem a ajudar, em especial o Nélson Lopes cá atrás, a não permitir veleidades. Uma boa pega!

Finda a corrida, alguns deparam-se com algumas “medalhas” (rápidas e boas melhoras para o Lucas que ficou inanimado na arena no toiro do PP, mas que já se encontra em franca recuperação; o PP para além do melhor pé esquerdo de Alvalade e arredores, passou também a defender o título do joelho direito mais inchado; o mota ferreira com duas costelas partidas e a precisar de descanso e o Nunes, que não deixa de estar habituado…) e todos os outros que ficaram com o que reflectir. 
Há dias bons, mas também temos que ter noção que dias maus, todos têm. Nada nem ninguém passa de Bestial a Besta de um momento para o outro. Os que não nos fardámos temos que pensar que assim que tenhamos a oportunidade temos que estar para o que calhar. 
Os que estiveram em praça (e todos em geral, até os antigos e os que acompanham e apoiam o Grupo) temos que olhar em frente com confiança, acreditar sempre até ao fim, sabendo que no final melhores tardes e noites virão.

O desenrolar da época irá dar-me razão.

Ao nosso Cabo, aqui nos tens: Isto é o GRUPO DE FORCADOS AMADORES DE LISBOA!!!

Um abraço,

Nuno Maria Bonneville

05 maio 2012

Grupo de Luto

A Vida por vezes é muito injusta e leva-nos as pessoas mais queridas e que mais contribuiram para o nosso crescimento. Apesar de nos "deixarem", continuam a acompanhar-nos para todo o lado e a serem o nosso Anjo da Guarda.

O Grupo está de luto pelo falecimento da avó do João Simões e pelo falecimento da mãe da Maria José.

O funeral da avó do João, é amanhã ás 9h30 em Évora e o velório hoje à noite.
Da mãe da Maria José ainda não sabemos. Quando soubermos informamos.

Ás duas familias e em especial ao João e à Maria José, os nossos sentimentos e um grande beijinho para os dois.

01 maio 2012

Corrida em Vila Franca

No próximo domingo, dia 6 de Maio, o Grupo regressa a Vila Franca depois de 7 anos de ausência.

O facto de Nuno Salvação Barreto ter sido durante muito tempo empresário da Palha Blanco, o Grupo ter tido muitos elementos e amigos de Vila Franca e ter alcançado grandes triunfos nesta arena, contribuiram para que houvesse uma grande ligação entre Vila Franca/Palha Blanco e o nosso Grupo.

Partilhamos cartel com o grupo de Vila Franca e a corrida tem como aliciante os toiros da ganaderia Canas Vigouroux.
Segue o video promocional dos toiros a apresentar http://vimeo.com/40844475.

O local da fardação foi alterado, recebemos da familia Casquinha o convite para nos fardarmo-nos na sua casa,o qual estamos muito agradecidos. É ao lado da antiga discoteca Golden Stone (no dia informo por sms o caminho). O jantar em frente ao Intermarché (também na entrada de Vila Franca).

Os convites atribuidos ao Grupo serão para o sector 1, por isso quem quiser reservar bilhetes, reserve para esse sector e assim fica mais perto dos acompanhantes do Grupo.

Até domingo!