30 abril 2013

Festival em São Marcos da Atabueira



No dia 25 de abril o grande Grupo de Lisboa deslocou-se à localidade de S. Marcos da Ataboeira (Beja), para pegar um festival a favor dos bombeiros voluntarios de Castro Verde. Com a organizacão João Simões (antigo forcado do grupo) e com a preciosa ajuda do nosso ex cabo Zé Luis pela parte logística dos toiros lidados e que deram um belo espectáculo.

A tarde parecia de verão e tinha um aliciante especial, era a corrida de véspera para a grande digressao a Zaragoza (poderiamos ter surpresas).

No cartel competiam os cavaleiros Tito Semedo, Francisco Núncio, Ana Batista, Mia, Marcelo Mendes e David Gomes. Para as pegas nós e o Grupo de Beja e pela frente toiros de Prudencio, Vinhas, Grave, Cannas Vigouroux, Passanha e Passanha Sobral.

Para a pega do 1º da tarde o cabo escolheu o forcado João Luz, forcado este com créditos firmados mas que esta tarde nao esteve à altura. Decididamente a sorte não esteve com o João e foram precisas 3 tentativas para consumar a pega.
Perante um toiro sério de Passanha Sobral, o João na 1ª tentativa num cite calmo e sereno, como nos vem habituando mandou no toiro mas não conseguiu a melhor das reuniões, saindo quando os ajudas iam a entrar.
Na 2ª tentativa a tranquilidade manteve se no cite mas desta vez entrando nos terrenos do toiro, onde aì teve dificuldade ao nao se conseguir sacar nem dobrar de maneira mais conveniente para ficar na cara do seu opositor tendo saido após forte derrote.
Consumou à 3º tentativa com o 1ª ajuda mais em cima e com todo o grupo a fechar bem. Um abraco para ti Joao, melhores dias virão e de certeza que ainda nos vais dar muitas alegrias pois és um grande forcado.
Volta para toureiro e forcado.

O nosso 2º toiro da ganaderia Grave foi pegado por um forcado muito querido no grupo o Joao Galamba jr. Citou com elegância e alegria, mandou mas no momento da reunião o toiro mete lhe um corno entre as pernas, nao conseguindo fechar se da melhor maneira tendo acabado por sair.
Na 2ª tentativa o Galamba esteve igual que na 1ª tentativa no cite, mas nao se conseguiu fechar da melhor forma muito por culpa do toiro que lhe mete mal a cara, mas com muita vontade e com uma boa ajuda do Ruben consumou a pega.
Volta para toureiro e forcado.
Para o 3º da toiro da ganaderia Prudencio, um toiro de dificuldade acrescida o nosso cabo nao quis arriscar e chamou para bater as palmas ao exemplar que se apresentava em praça o Armando Nunes. O Armando esteve gigante, nao defraudou nenhum momento. Brindou ao organizador Joao Simões e ao nosso querido Antonio Rijo que se encontra a recuperar de uma intervenção cirurgica. Armado citou com toureria, andou para o toiro e carregou como mandam as regras, cumprindo os tempos da pega, e com uma boa reunião fez do difícil fácil. Parabéns Armando.
Volta para toureiro e forcado e forte peticao para o 2º ajuda dar volta.(merecida)
O jantar decorreu em Castro Verde no restaurante dos bombeiros em ambiente de festa, pois pegar em S. Marcos da Ataboeira nao é todos os dias, ver o Armando pegar ali muito menos e claro tinhamos uma digressao pela frente para a Boda do Armando. Ainda tivemos o prazer de ouvir varios discursos com alguns penaltis à mistura.

Pelo o Grupo de Forcados Amadores de Lisboa
Venha vinho!!!

Saludos
Mota Ferreia

Festival em São Marcos da Atabueira
















Fotos gentilmente cedidas pelo nosso amigo Joaquim Mesquita

17 abril 2013

Festival nas Alcáçovas 14-04-2013


No passado dia 14 de Abril fomos actuar às Alcáçovas, terra de vários elementos dos Amadores de Lisboa e pela qual temos um carinho especial pois já fazemos quase parte da mobília. 
Tratava-se de um festival taurino a favor da associação Terra Mãe que tem vindo a desenvolver um louvável trabalho em prol de crianças e jovens em situação de perigo.

Era composto pelos Cavaleiros: Rui Salvador, Tito Semedo, Francisco Núncio, Ana Batista, António Maria Brito Paes, e o praticante Manuel Vacas de Carvalho.
Na lide apeada o novilheiro Mário Alcalde.
Lidaram-se exemplares das ganaderias: Prudêncio, Passanha, Eng. Jorge Carvalho, Pégoras, Jorge Mendes, Falé Filipe e Santiago.

No que ao nosso grupo diz respeito, a rapaziada começou a juntar-se cedo em casa do nosso elemento Ernesto Marujo, e mais uma vez fomos recebidos de maneira inigualável, a incansável Fatinha e toda a sua família fazem-nos sentir especiais ano após ano com todos os mimos. 

Na fardação sobressaía o clima de confiança e espiríto de grupo, após chamar a atenção aos elementos que chegaram atrasados, o nosso Cabo divulgou a lista dos eleitos para a tarde. Alguns elementos mais experientes para temperar uma aposta na juventude e a oportunidade que alguns aguardavam há muito tempo para poderem mostrar em praça a vontade de vestir esta jaqueta repleta de historial!

O nosso primeiro toiro, da ganaderia Santiago era um pouco mais reservado e o nosso cabo aproveitou para mandar à cara o forcado da terra Manuel Guerreiro, finalmente recuperado de uma lesão que o afastou das arenas, precisava de uma oportunidade para reaparecer e o facto de já ser um forcado experiente, tornava-o no forcado ideal para aquele toiro. O Manuel não defraudou as expectativas e mostrou que quem sabe nunca esquece. Mandou no toiro, reuniu bem, aguentou o derrote, apesar de ter passado pelas primeiras ajudas o grupo atrás acabou por fechar bem e sem dificuldades.

O nosso Segundo exemplar era da ganaderia Passanha e apesar de não ter a córnea ideal, não apresentava grandes dificuldades. 
O nosso cabo resolveu dar a oportunidade que o Eurico Medronheira aguardava há tanto tempo. 
O Eurico é um forcado de legado, o seu saudoso pai foi um importante elemento do nosso grupo e isso seria por si só um factor de preferência em relação aos outros elementos mais novos. Mas não foi isso que se passou, apesar de vir a todos os treinos e todas as corridas a conduzir desde Albufeira (!!!) a oportunidade tardou a chegar. Apesar de tudo o Eurico nunca desmoralizou, foi conquistando todos com a sua humildade, a sua simpatia e a sua vontade. E este ano esteve sempre bem e constante na pré temporada de treinos. 
Ao saltar à arena para pegar o primeiro toiro da sua vida, dirigiu-se ao centro e ergueu o barrete ao céu, foi um momento que nos emocionou a todos pois sabíamos que era um brinde direccionado ao seu Pai, ao nosso “Pisca”. 
Citou com calma, foi andando toureiro para o toiro entrou nos seus terrenos, sacou-se e reuniu com vontade. Ajudado sem problemas pelo grupo.
Mais um “Pisca” nas arenas, honrando o nome do seu pai e a jaqueta que ele sempre envergou! 

Para o nosso ultimo toiro, um Prudêncio que andou solto durante a lide o cabo escolheu o João Ricardo Mendes Pereira, outro forcado de Legado, filho de um grande Forcado do Grupo do Ribatejo e irmão de dois grandes pilares dos Amadores de Lisboa, mas também ele não teve preferência em relação aos novos elementos, teve oportunidades numa temporada, mas na seguinte esteve mal nos treinos e acabou por faltar algumas vezes, acabou por passar uma ano de mala às costas também sem nunca desanimar, sempre com um sorriso na cara e com uma consciência muito clara da hierarquia dentro de um grupo de forcados. Este ano redimiu-se nos treinos e finalmente voltou a bater as palmas a um toiro! 
E esteve bem,brindou a pega à nossa querida Fatinha Marujo e andou decidido para o toiro, este arrancou ao mando do forcado e a reunião foi decidida, num toiro que não tinha a investida muito clara foi a possível, lutou para ficar e o grupo fechou sem dificuldades.

Três pegas à primeira e a felicidade estampada na cara de todos os elementos.
Serviu este festival para confirmar que temos um timoneiro com ideias muito claras sobre o rumo deste nosso Grupo. O nosso cabo é duro mas justo, primeiro vem o nome e o historial do grupo e depois o nome dos forcados. 

Outro dia numa conversa com um aficionado, dizia-me ele que o que o fascinava mais num grupo de forcados era o respeito e a hierarquia vivida dentro do mesmo. Não interessava se era Cirurgião ou pedreiro, advogado ou padeiro, filho do primeiro ministro ou de um presidiário. Aqui são todos iguais e só conta o valor de cada um como Homem. 

Acho que tanto o Eurico como o João Ricardo têm isso bem interiorizado e que sabem agora dar o verdadeiro valor ao envergar a jaqueta. Parece-me que temos guerreiros para uns anos!
Uma palavra especial para o mais jovem elemento das Alcáçovas Duarte Mira que se fardou pela primeira vez neste dia, que siga o exemplo dos outros.

O jantar foi em casa do Ernesto com todas as mordomias e mais algumas. Uma vez mais o nosso obrigado à família Marujo por tudo!


Este sábado preparem-se para a “corrida” mais dura da temporada. Despedida de solteiro do Armando Nunes “rota do Toiro 2013”.

Um abraço a todos do vosso João Vasco Lucas.

08 abril 2013

A despedida de Francisco Mira

Na passada 5ªfeira, começou a época em Lisboa, o cartel merecia mais publico e a data também, mas o espectáculo foi positivo no geral.

Como vem sendo hábito, era também a nossa 1ª corrida, sendo por isso normal o nervosismo nos momentos que antecederam a corrida.

Os toiros só os vi na corrida, foi-me impossivel estar presente no sorteio, mas estava descansado com os forcados presentes no sorteio. Ditou que nos calhassem os maiores, tendo o nosso 3º saído diminuido fisicamente  e sendo substituido pelo sobrero.

Decidi abrir a época e brindar a 1ª pega ao Grupo fardado e aos antigos presentes na bancada. A pega foi concretizada à 1ª tentativa com o Grupo a ajudar bem e com o Mira a rabejar como sempre nos habituou. 

O nosso 2º foi para o Francisco Mira. Depois de um brinde muito emotivo ao Grupo e ao seu Pai, esteve ao seu nível, toureiro, bonito a citar e a mandar no toiro. Depois de dois derrotes saíu junto ao 1º ajuda Mota Ferreira. Á 2ªtentativa, esteve com a mesma determinação e voltou a mandar no toiro e a toureá-lo muito bem. O Grupo voltou a ajudar bem e a pega foi concretizada nesta tentativa, tendo sido muito bem finalizada pelo Miguel.

A nossa ultima pega fechou a corrida, pois houve alteração na ordem de lide. O escolhido foi o Pedro Gil "Tita". O Tita o ano passado tinha saído maltratado ao tentar pegar um Palha no Campo Pequeno e nesta pega "cortou a figueira ali plantada". Presente na corrida estava o Nuno Carvalho e o brinde nesta pega foi para ele. O Tita pegou à 1ª tentativa, depois de ter estado calmo a citar, bem a recuar, muito bem a fechar-se e com o toiro a chegar aos ajudas e dificultando os mesmos, ao baixar a cara, sendo por isso mais dificil de ajudar.

Os toiros no geral não ofereceram muitos problemas, mas também é verdade que quando se está bem, tapam-se os defeitos dos toiros e foi isso que aconteceu, o Grupo esteve bem em toda a corrida e esperamos que o resto da época seja assim.

Antes desta corrida, depois de muito pensar e refletir, o Mira achou que estava na altura de se retirar de forcado no activo. Não vale a pena referir o Forcado que o Mira foi, pois é do conhecimento de todos que foi um forcado raro, ao nível dos melhores. Falo sim das qualidades humanas do Mira, humilde, sincero, amigo do seu amigo, grande respeito pelos mais velhos e sempre com uma palavra de incentivo aos mais novos, no fundo todos nós deveriamos ser assim e ele foi (é) sem dúvida um exemplo para todos nós.
Fico triste por deixar de ter o nome do Mira na lista das fardações, mas sei que na bancada continuará a ser um exemplo e que tudo tem um fim, por isso fico muito contente pela Amizade que ele tem pelo GFAL e feliz pela brilhante carreira e pela confiança que tinha quando era ele o escolhido para pegar.

O jantar decorreu num ambiente de amizade e com alguma emoção nalguns discursos.

Mira, obrigado por tudo!!!

Um abraço,
Pedro Maria Gomes