21 julho 2008

CORRIDA DA MULHER TVI 2008







Evento integrado nas festas da semana da juventude em Coruche, capital do Sorraia, numa amena noite de verão, reunia todas as condições para ser uma boa noite de touros, e nem os mosquitos o impediram. O público aderiu, ocupando ¾ do tauródromo sorraiano (sem contar com os telespectadores da TVI).

Data: 19 de Julho de 2008
Praça de Touros: Coruche
Empresa: Toirolindo
Evento: Corrida da Mulher TVI 2008
Cavaleiros: Sónia Matias, Ana Baptista e Isabel Ramos
Forcados: Amadores de Lisboa, Amadores do Aposento da Chamusca, Amadores de Cuba, capitaneados respectivamente por José Luís Gomes, Tiago Prestes e José Horta
Ganadaria: Dr. Brito Paes
Delegados do IGAC: Dirigiu a corrida o Sr. Delegado Tauromáquico Nuno Nery

O curro com ferro Brito Paes saiu com uma média de 470kg e no comportamento revelaram-se reservados e distraídos e a transmitirem pouco durante a lide.
As artistas a cavalo, sobrepondo-se à falta de interesse deste curro de touros, lidaram com vontade de triunfar saindo estas em ombros (talvez um pouco exagerado).

Sendo este blog do GFAL, transmitirei então, a minha opinião relativamente à sua prestação desta noite.

Há já 25 anos que o GFAL não actuava nesta praça, sendo assim esta noite, por pegarmos com mais dois grupos (sendo o GFAL o mais antigo) tocou-nos em sorte, o primeiro e o quarto touro, lidados por Sónia Matias.
Para abrir praça, foi chamado o forcado João Galamba (Córdobez em Córdoba), que sentiu assim a responsabilidade de ter que honrar a jaqueta ao mais alto nível.
Coube-lhe em sorte um touro com 460kg que pouco tinha mostrado na lide.
Na primeira tentativa, ao citar a mais de meio da praça, foi com alma encurtando os terrenos ao touro, não aproveitando estes para embelezar mais o cite diante do oponente. O touro saiu solto, e o João depois de reunir bem e aguentar os primeiros derrotes, não teve ajudas necessárias para consumar esta boa primeira tentativa, saindo da cara do touro já no meio dos ajudas. Na segunda tentativa, já mais desgastado, mas com bastante garra e valentia, esperou o momento certo para se fechar com decisão, e já com as ajudas no sítio delas realizou um boa, bonita e rija pega. Não deu volta por solidariedade com a cavaleira Sónia Matias, agradecendo apenas nos médios.
Para concluir a nossa prestação neste espectáculo, o cabo nomeou para pegar este quarto exemplar com 450kg o Francisco Mira. Perante um touro reservado e de mau tipo, o forcado mandou, templou, toureou e executou assim a sua pega ao primeiro intento. Mostrou como se deve estar e pegar touros! Deu volta, recebendo grandes ovações por parte do público, e como prémio desta magnífica pega recebeu o troféu Melhor Pega Corrida da Mulher TVI 2008.
Depois da corrida, com um magnífico repasto de carne brava, com um ambiente bastante agradável e “bem frequentado”, terminou esta noite.

Um abraço
Carlos Galamba

18 julho 2008

Para mais tarde recordar



Dia 10 de Julho, X Corrida da Tvi, Praça do Campo Pequeno em Lisboa a abarrotar (tem sido sempre assim com GFAL), alternativa de Marcos Tenório Bastinhas, Joaquim Bastinhas em ano de comemoração dos seus 25 anos de alternativa, Toiros de Maria Guiomar Cortes Moura e a oportunidade de ver Paulo Caetano torear. Eram muitos os aliciantes para esta noite, mas o decorrer do espectáculo trouxe-nos mais algumas surpresas...

O Cartel era composto pelos Cavaleiros, Paulo Caetano, Joquim Bastinhas, João Moura caetano e para tomar alternativa, Marcos Tenório Bastinhas. Para as pegas, o Grupo de Forcados Amadores de Lisboa capitaneado por José Luís Gomes, Forcados Amadores de Alcohete capitaneados por Vasco Pinto e o grupo de forcados Académicos de Elvas capitaneados por Ivan Nabeiro. Os Toiros eram da ganaderia Maria Guiomar Cortes Moura.

Pelo Grupo de Lisboa, fardaram-se nessa noite, o cabo José Luís Gomes, António José Casaca, Luís Segão, Miguel de Salvaterra, Bruno Mendes Pereira, João Miguel Mendes Pereira, Pedro Maria Gomes, João Vasco Lucas, Pedro Miranda, Francisco Mira, Pedro Nunes, Manuel Guerreiro, João Pedro Mota Ferreira, GiGi, Pedro Parrulas, João Galamba Jr, Carlos Ricardo e,João de Pegões.

O primeiro toiro a saír à arena era o nº304, de seu nome Culebron, acusando na balança 566kg com 3 anos de idade.
Para a lide, a prova de alternativa do jovem Marcos Bastinhas que teve por padrinho o seu pai.
Boa prestação do jovem cavaleiro que conseguiu boa nota na sua prova, com um toureio bastante agradável e a chegar às bancadas, temos sucessor.

Para abrir praça, o cabo chamou para a pega esse "jovem" forcado que é José Luís Gomes para mais uma vez dar o exemplo. Sempre que não nos fardamos, ficamos a sofrer o triplo da bancada uma vez que se há a vontade e coração nada melhor como dar provas disso mesmo, na arena, mas é assim, já sabemos que só se fardam 18 e só temos que respeitar a decisão. Esta conversa toda para vos dizer que nesta noite foi ainda mais dificil ter que ficar de fora. Todos os que envergam a jaqueta das ramagens no GFAL só podem ter por objectivo dar o melhor que cada um tem pelo todo, porque antes de sermos um grupo de forcados temos que ser um enorme grupo de amigos e, nesta noite, ao ver o cabo assumir a responsabilidade, e sobretudo ver o Pedro Maria Gomes de volta em grande às arenas ainda me deu uma vontade maior de estar lá dentro a ajudar!

Quanto à pega e, após um brinde sentido aos Bastinhas (Pai e Filho), tivemos um cite bastante toureiro (quem sabe nunca esquece) do José Luís Gomes como os restantes momentos da pega. Mandou no toiro, carregou com galhardia, recuou com temple para depois reunir à barbela. Foi pena no momento da reunião o toiro ter metido um piton entre as pernas do Zé Luís dificultando a consumação. Excelente primeira ajuda do Bombeiro e uma enorme ajuda do Pedro Maria Gomes cá atrás a acreditar até ao fim!

O segundo toiro que nos calhou em sorte era o nº289, de seu nome Bailado, acusando 516kg na balança com 3 anos de idade. Foi lidado pelo João Moura Caetano numa lide que veio de menos a mais.

Para a pega, saltou o Manuel Guerreiro. Brindou à senhora que mais sensações diferentes experimentava nessa noite, mãe de Marcos Tenório Bastinhas e Ivan Nabeiro e mulher de Joaquim Bastinhas.

Na 1ª tentativa, houve um misto de precipitação do forcado da cara com hesitação dos ajudas. Era um daqueles toiros que assim que via forcado arrancava logo. O manel podia ter andando um pouco mais para o toiro de forma a ser ele a mandar no tempo da investida. Assim que viu o manel o toiro arrancou logo com uma investida franca mas com alguma pata, o manel recuou e reuniu bem aguentado um primeiro derrote mas uma vez que os ajudas tinham pouco espaço para entrar (e quanto a mim, também não foram o suficientemente expeditos) não conseguiu aguentar o segundo derrote.

Na segunda tentativa o manel com a vontade e a garra a que já nos habituou, ganhou mais terreno e o toiro voltou a arrancar-se assim que o viu, novamente franco e com pata. Esteve muito bem a recuar e a reunir com uma grande primeira ajuda do João Pedro Mota Ferreira e do João Miguel Mendes Pereira já cá atrás perto das tábuas. Boa Pega!

Pelo grupo de Alcochete pegaram hugo branquinho e vasco pinto, à 1ª e 2ª tentativas respectivamente e pelos de Elvas Ivan Nabeiro e David Barradas ambos à primeira.

Para terminar, não quero deixar de saudar a TVI na pessoa do seu Director-Geral de Informação, Dr. José Eduardo Moniz, pela forte e contínua aposta à Festa Brava tão importante nos dias que correm!

Até amanhã na Corrida das Mulheres da Tvi em Coruche.

Grande abraço do Nuno Maria Bonneville!

08 julho 2008

São Jorge: Sopeiras de bordo, Ana V., atum, alvarinhos e pontos


Dia 2-Julho (4ªfeira)- Aquecimento para a digressão

Como já vem sendo hábito, o motor de arranque para as digressões do GFAL começa no restaurante "Cantinho do Alfredo" e, como tal, foi organizado o jantar de inicio de digressão.
Após o jantar propriamente dito, uns quantos elementos do grupo foram ver como estava a noite de Lisboa e tentar a sua sorte nos diferentes pontos nocturnos da cidade.
Claro que quem embarcou nesta aventura nocturna, tinha era realmente medo de não conseguir estar às 7 da manhã no aeroporto e portanto acharam que a melhor solução seria irem de directa. Os mais valentes, estariam às 5:00 no aeroporto, com 365 km e uma directa.



Dia 3-Julho (5ª feira) - Inicio de digressão

Com o início da concentração marcado para as 7:00, começa a chegar a rapaziada.

De referir que houve elementos que com medo de perderem o check-in, resolveram chegar às 5 da manhã, mais concretamente os ilustres:
Zé da Burra, Horácio Lopes, João Galamba Sr e Jr, Miguel "Tomate", Pedro Parrulas, Nuno Burra e os manos Eusébio, esses sim já com 365km em cima.
Claro que o facto de estarem tão cedo no aeroporto se deveu a um engate do Cabo, que não os avisou que a hora de concentração tinha mudado das 5 para as 7 da manhã.

Com a rapaziada já toda, procedeu-se ao check-in e posteriormente embarque às 9:00 para Ponta-Delgada. A viagem durou cerca de duas horas até São Miguel, onde estivemos mais uma hora à espera de vôo que nos levasse até São Jorge.

O avião que fez a ligação, tinha umas hélices do tempo do Salazar, mas no seu interior iam duas modernas ........ sopeiras de bordo. Uma delas era a versão do Luis Bombeiro em feminino, mas a outra era um mimo, que viria a ser conhecida como a Ana V.

Ana V. ou simplesmente "a sopeira de bordo", viria a fazer a delícia de quantos participaram nesta digressão, excepto a um, ao "Special One", mas ... já lá vamos.

Chegados a São Jorge e após a recepção das malas, fomos conduzidos ao famoso hotel "Centro Paroquial do Emigrante", pronto a ser estreado pelo GFAL.

Em seguida rumámos à "Turtulia Jorgense", propriedade do ganadero e aficionado local Álvaro Amarante, onde fomos recebidos com um suculento almoço á base de atum, iscas e um arroz suculento. As horas seguintes seriam passadas a descansar, a visitar o meio envolvente do Centro Paroquial e a jogar uma sueca.

Ao aproximar-se a hora de jantar, encaminhá-mo-nos novamente para a Turtulia, onde fomos presenteados com outro belissimo jantar, desta vez á base também de atum.

Após o jantar e alguma conversa entre os demais convivas, fomo-nos encaminhando para o "hotel", pois no dia seguinte esperavam por nós 4 Alvarinhos. É nesta altura que a "Sopeira de Bordo", dá sinais de vida. O "Special One" fica em pulgas e com o ego já bem alto, solta algumas frases: "Olha é a gaja", "Toma!", "Diz lá quem é o maior?!" ou "Êh nã te disse?!" previam um desfecho favorável. Xixi, cama e alguns risos.



Dia 4-Julho (6ªfeira) - O sentir dos 1ºs Alvarinhos
Acordámos sensivelmente por volta das 11 da manhã e deslocá-mo-nos até à vila de Velas, para tomar o pequeno almoço. Após uma volta pedonal pela vila, rumámos até à Turtulia para mais um almoço, o qual não foi muito saboreado, pois a corrida já se aproximava e o apetite já não muito.
Novamente direitos ao "hotel" para descansar um pouco e começar a fardar. Fardou-se toda a gente e ainda o António "Placas, Meias brancas" Rijo. Ala para a praça!

Cartel composto pelos cavaleiros João Salgueiro e Tiago Pamplona e pelo matador Luis Procuna. 4 toiros de Alvaro Amarante para cavalo e 2 de Conde Cabral para a lide a pé.

Expectativa enorme para ver como seriam e sairiam os famosos Alvarinhos.


1º toiro - toiro sonso a cumprir, sem dificuldades.
Para o 1º Alvarinho foi escolhido o Francisco Mira, o qual apesar de ter pegado á 1ª, não esteve bem com o toiro. Talvez por estar desconfiado com o que seria o Alvarinho ou por não pegar à 1ª há quase 1 ano ou por ter sido maltratado na última pega no Campo Pequeno ou por não querer perder tempo e ir procurar a sopeira, por todos estes condicionalismos, o Mira não deixou o toiro
ser correctamente colocado e foi precipitado. O toiro ao virar-se e ver o forcado arrancou direito ao grupo e em 3 tempos a pega estava concluída. Devido à rapidez entre todos estes tempos nem tive tempo para tirar uma foto da pega. Fica para a próxima patego!


2º toiro - um pouco maior, mais cornaleiro e um pouco bisco. Reservado na lide.
Forcado escolhido - António Casaca. O Casaca andou bem para o toiro, a mostrar-se e a ganhar-lhe o terreno, sempre com o toiro enquadrado consigo. Carregou-o na altura certa, recuou como ele sabe e agarrou-se à cornea. O toiro após sentir o forcado, percorreu a viagem até meio do grupo por baixo e nessa altura levantou a cara, mas o Casaca vinha bem fechado e dali não saía. Destaque para a ajuda do Pedro Parrulas.

3º toiro - outro toiro sonso, pouco corno e fechado.
Foi escolhido o Pedro Baptista que tinha estado bem na última corrida no continente. O Pedro andou bem para o toiro a deixar-se ver. Carregou e recuou correctamente, mas no momento da reunião não se conseguiu fechar correctamente pois o toiro meteu-lhe a cara de lado e com os poucos cornos que tinha e ainda por cima fechado, não foi possivel fechar-se. À 2ª, com a mesma disposição, fechou-se totalmente na cara do toiro, sendo bem ajudado pelo grupo.

4º toiro - parecido com o 3º, mas com mais 5 cm de corno e ligeiramente mais aberto.
Foi escolhido o Pedro "Tita" Gil. O Tita perfilou-se diante do toiro, andou para os seus terrenos correctamente e carregou. O toiro saiu com alguma pata, forcado recua como deve ser, agarra-se e após sentir-se agarrado dá um derrote algo estranho (observem a foto), passando o Tita da barbela para a córnea. A partir daqui, o toiro tentou sempre tirar o forcado e o Tita sempre a brigar com ele, isto com os outros elemetnos já pelo meio a ajudar, até que conseguiu finalmente fechar-se correctamente e o grupo parar o toiro. Pega de querer!

Estava assim concluída a nossa prestação na 1ª corrida da feira de São Jorge e com sucesso. Podiamos assim jantar animados. Este teve lugar na Escola Profissional, em que nos foi servido mais um atum e uma carninha saborosa. Findo o jantar, fomos até à vila para um pequeno passeio pelas festas. Umas bebidas para refrescar o corpo, um pouco de música do concerto e xixi cama, que era hora de descansar.

Na viagem para o "hotel", ficámos a saber que a Ana V, não poderia aparecer, pois segundo ela "a Tânia tá com sinozite e não tenho bateria, vou para a casa da minha tia".


Dia 5 Julho (Sábado) - Os outros Alvarinhos
Alvorada novamente pelas 11 da manhã e pequeno almoço da praxe no Suspiro em Velas. Alguns elementos foram depois a banhos no mar de Velas. Aproximava-se a hora de almoço e lá fomos nós até à Turtulia. Almoço rápido e ligeiro e rumo ao "hotel" para bater uma sesta e descansar.
Às 16:30 começa a fardação e ás 17:45 estamos já nas portas da praça, prontos a começar a nossa prestação da melhor maneira.


Cartel composto pelos cavaleiros João Salgueiro e Tiago Pamplona e pelo matador Javier Solis.
4 toiros de Alvaro Amarante para cavalo e 2 de Conde Cabral para a lide a pé.


1º toiro - sonso a cumprir, fechado de cara.
Foi escolhido Ricardo "Mano, Txupa" Eusébio. Na 1ª tentativa, o Txupa carregou e recuou com o toiro, mas no momento da reunião este entrou-lhe por alto, não conseguindo fechar-se
correctamente. Ainda assim, veio agarrado á cornea até ás tábuas, sendo posteriormente despachado. Saiu combalido o seu irmão Zé Carlos que estava a dar 1ªs. Nesta tentativa o toiro não foi ajudado pelo grupo, pois caso tivesse sido a pega resultaria à 1ª. Assim, foi obrigado a ir lá uma 2ª vez, em que já com mudança de 1º ajuda, o toiro arrancou com pata e com mais dureza meteu a cara no Ricardo, percorrendo a viagem por baixo até às 3ªas, onde foi bem ajudado pelo Mira que estava a rabejar.
2º toiro - toiro a deixar-se lidar, com pouca cara.
O João Galamba Jr foi o eleito para este toiro. Andou para toiro a deixar-se ver e carregou-o saindo este pronto. O João esteve correctissimo no recuar, com o toiro a humilhar bastante e reuniu em perfeição, tapando bem a cara ao animal. O grupo ajudou em bloco, fazendo com que a pega saísse fácil e limpa.

3º toiro - já com outro tipo, maior, com pouco corno e ligeiramente gravito. Reservado na lide.
Foi escolhido o Nuno Burra. Após o brinde e a colocação do toiro, o Nuno andou para cima dele para lhe ganhar logo terreno. Ao carregá-lo, o toiro saiu solto, o forcado começou a recuar como deve ser e aí a sensivelmente 1 metro da reunião, pregou-lhe um salto atingindo-o na cara e não deixando que se lhe pusesse sequer um braço. Com este impacto que recebeu, o corpo do Nuno foi projectar o Luis Bombeiro que estava a dar 1ªs. Ambos caem neste momento com o toiro a pisá-los e ainda a colher o Nunes no ar e também a pisá-lo por terra. Nuno e Luís sairam lesionados nesta tentativa.

Salta o Pedro "Trolha" Miranda para a dobra. Entretanto muda-se o toiro de terrenos e nesta altura o mesmo começa a desarmar os bandarilheiros, um atrás do outro, havendo capotes por terra. Com o toiro finalmente colocado, o Pedro andou para cima dele, carregou-o. O comportamento já foi outro em que já investiu franco para o forcado, recuando este pouco com ele, fechando-se correctamente e sendo bem ajudado pelo grupo.

Parte médica (com mini na mão e bafo a álcool): Os pontos (6) retirados o ano passado ao FCP por corrupção, foram direitos à boca do Nuno da Burra e os pontos que vão tirar aquele clube ali em frente ao Colombo devido ao caso Alcides, foram direitos para o olho do Luis Bombeiro.

4º toiro - outro maior, pouco corno mas este com aspecto de boi, de cruzado. Igualmente reservado na lide.
Só restava o João Lucas! O João andou logo para o toiro, para não lhe dar vantagens, esteve um bocado à conversa com ele e carregou-o. Ao recuar o toiro ensarilhou um pouco, levando o Lucas a lançar-lhes os braços na tentativa de o enganar, fazendo com que se adiantasse e o toiro não lhe pusesse a cara correctamente. Na 2ª tentativa, já mais em cima, abafou logo o animal, consentindo-o como deve ser e fechando-se bem com o grupo a ajudar em bloco, terminando assim a prestação em termos taurinos na feira de São Jorge.


Rumámos ao "hotel" para um banhinho rápido pois aguardava-nos um jantar em casa do ganadero e aficionado Don Alvarinho. Neste estavam sensivelmente 100-150 pessoas, entre os quais estavam todos os intervenientes na feira taurina. Ao som do "Só Forró", iam-se bebendo uns penalties, uns aguentavam mais, outros nem tanto. Aos poucos a festa privada desceu para a rua, pois era hora de ir ver as "Just Girls", no cais.

Já com algum andamento, a rapaziada espalhou a sua magia no cais, desta vez já com o DJ de serviço a meter um tsung tsung e com as locais todas histéricas com a prestação dos dançarinos GFalianos. Entre uma e outra já meia morta, deu para tudo com a festa a durar até de manhã. Às 8:00 já estávamos no hotel para descansar um pouco.



Dia 6-Julho (Domingo) - O Adeus

Aos pouco a rapaziada foi acordando, pois tinhamos que estar ás 13:00 na "Turtulia" para almoçar, já carregados com as malas. Durante o almoço o nosso amigo Javier Solis, sentiu-se mal, pois nã está habituado a conviver com o GFAL e teve que largar alguma coisa que ainda tinha da noite anterior. No pasa nada Javier, toma un Gurosan!

Após a refeição, sentá-mo-nos todos na varanda da Turtulia - com uma posição privilegiada- à espera que começasse lá em baixo no cais, a tourada à corda. Tourada tranquila, pois ninguém foi agarrado, somente uns quantos tiveram que se atirar para as águas do cais.

4:30 era hora de rumarmos direitos ao aeroporto, não sem antes passarmos na Escola Profissional e vermos as frutas que lá estavam: um ananás e um coco.

Novamente de caminho para o aeroporto, onde estivemos sensivelmente 1:30 a passar o tempo da melhor forma possivel, entre cartas, musica e judiarias.

Direitos à Terceira, lá fomos nós num vôo de 20 minutos. Como a escala nesta ilha ainda durava 2 horas, fomos lanchar à Praia da Vitória, ao Tropical Point. Entre um ou outro marisco, lembranças para o continente, o tempo passou rapidamente. De realçar a belíssima t-shirt que o Rijo trouxe dos Açores para oferecer, deveras original e bonita.

Só que agora não havia táxis que nos levasse de volta ao aeroporto. O 1º táxi que passou foi logo abarbatado pelo Cabo e demais tripulação sénior. Entretanto passa um xuning num Saxo todo equipado o qual é mandado parar pelo Casaca, que pediu ao "moço" para levar uns quantos até ao aeroporto. Lá foram eles a curtir uns raters. Com isto tudo, os táxis chegaram e a rapaziada dirigiu-se até ás Lages.

Check-in e embarque já em cima da hora e ala para Lisboa, onde chegámos por volta das 00:20.
Recolha das malas e despedida até 5ª feira, pois era hora de descanso e de regresso até à familia.


1 abraço a todos,
Gonçalo Maria Gomes

02 julho 2008

"CHARRUAS DE AIVECA AFIADA"

Praça de Toiros: Torres Vedras (Portátil)
Data: 28 de Junho 2008
Empresa: Comissão Taurina
Ganadaria: 6 Novilhos -Toiros António Charrua
Cavaleiros: Luís Rouxinol, Vítor Ribeiro, Manuel Lupi e o Praticante Tiago Carreiras
Forcados: Grupo de Forcados Amadores de Lisboa e do Aposento da Moita, capitaneados respectivamente por José Luís Gomes e Tiago Ribeiro
Corria o ultimo fim-de-semana de Junho, mês em que tradicionalmente o GFAL, não tinha intensa actividade, contudo, era hábito a deslocação por altura dos Santos Populares à Labrujeira, terra do Primo Chico, que nos recebia com a simpatia e amizade especial e quem não recorda as tarde de domingo na Monumental de Cascais, para já não falar nas fabulosas Nocturnas do Campo Pequeno, mas retorne-se ao ultimo fim-de-semana de Junho de 2008, que é também por tradição o da Sardinha Assada em Benavente, terra de grandes Guerreiros do GFAL, esta é para ti Horácio, em que o Grupo vinha da corrida da Terrugem em que a cavaleira Isabel Ramos prestou provas para Praticante, embalado para mais uma prova e certamente para mais um êxito.
A concentração deu-se por volta das oito horas da tarde, junto ao moderno Quartel dos Bombeiros de Torres Vedras, que gentilmente cederam as suas instalações, para o GFAL se fardar.
O primeiro novilho-toiro, marcado com o numero 62 e com o 5 na espádua da mão direita e o peso de 580 Kg, saiu para o cavaleiro Luís Rouxinol, que lhe deu lide adequada e alegre, para abrir praça o Cabo José Luís Gomes escolheu o novel Carlos Ricardo, que à primeira tentativa, consumou uma rija pega, bem ajudado por todo o grupo, com destaque para o Pedro M Gomes, que nas quartas entrou de frente e aguentou estoicamente.
Para a segunda intervenção da noite, a um Charrua de 545 kg, marcado com o numero 56, lidado por Manuel Lupi, foi escolhido o alentejano, Manuel Guerreiro, ou seja mais um Guerreiro, que no primeiro intento, não entendeu a investida do adversário, para depois de uma colhida aparatosa e alguns instantes de confusão na arena, serenar e desta vez sim com garras de leão, quero dizer Águia, se fechar à córnea e aguentar uma viagem até tábuas, bem ajudado cá atrás pelo Bruno Mendes Pereira e o resto do Grupo.
O terceiro da noite, tinha o numero 58 e pesava 543 kg, foi lidado pelo Luís Rouxinol, para a cara o cabo escolheu o Bruno Mendes Pereira, que levou na primeira ajuda o seu irmão João Miguel, contudo, na primeira tentativa quando parecia que a sorte estava consumada, uma menor atenção nas quartas ajudas, deitou por terra a pretensão do Bruno. Na segunda tentativa e fechado à córnea, foi consumada uma rija sorte em que o toiro veio com a cara por baixo, obrigando as ajudas a compensar, com destaque para a experiência do veterano Nuno da Burra.
Por ultimo, foi lidado um exemplar de António Charrua, com o numero 82 e 495 kg, pelo jovem cavaleiro praticante Tiago Carreiras, cabendo a pega ao também jovem Pedro Batista que gentilmente convidou quatro forcados dos Amadores do Aposento da Moita, para participar da sorte, que foi consumada à barbela e à primeira tentativa, com uma boa prestação do primeiro ajuda João Mota Ferreira, com apenas um ligeiro reparo para o momento e os terrenos em que estavam forcado e toiro, quando este começou a recuar e que poderia ter comprometido a reunião.
A participação dos Amadores do Aposento da Moita, saldou-se por duas pegas ao segundo intento e uma ao terceiro.
A noite encerrou com a já tradicional Ceia e Ponte de Rol, na Adega do Miguel, bem servida onde o cabo José Luís Gomes, falou da próxima digressão ao Açores, mais concretamente à Ilha de S. Jorge e deixou as recomendações da praxe para este tipo de deslocações.
Torres Vedras 28 de Junho de 2008
Um abraço
João Galamba

01 julho 2008

Terrugem, 27 de Junho de 2008

Já a tarde ia alta e sob um calor abrasador (37º às 20:00) começaram a juntar-se na simpática cidade alentejana de Elvas os elementos do Grupo de Forcados Amadores de Lisboa. A ânsia de saber quem se iria fardar e quem teria de ficar a torcer por fora, eram iguais ao que se sente numa corrida em que se vão pegar 3, 4 ou 6 toiros.

Mas neste dia o que ali nos trazia, era a Corrida na Vila da Terrugem (terra de um dos melhores Restaurantes Alentejanos, a “Bolota Castanha”) em que a grande figura de cartaz era a jovem Cavaleira, Isabel Ramos.

Compunham o Cartel os Cavaleiros, Manuel Jorge de Oliveira, Paulo Caetano, José Luís Cochicho, José Prates, Rui Fernandes e Vítor Ribeiro. Os Toiros eram das Ganadarias, Passanha, Mª Guiomar Cortes de Moura, Rodolfo André Proença (3), Paulo Caetano, Herdade de Pegoras e Inácio Ramos.

Na forcadagem, noite invulgar, para pegar os 7 toiros nada mais nada menos que 7 Grupos de Forcados Amadores.

Eram eles, para além do GFAL, o Grupo de Forcados Amadores de Évora, Amadores da Moita, Amadores de Cascais, Amadores do Aposento da Chamusca, Amadores de Monforte e Amadores de Cuba.

Imagem pouco vista, a de uma trincheira com 84 forcados fardados.

Pelo GFAL, fardaram-se o Pedro Maria Gomes, João Vasco Lucas, Gonçalo Patrício, Francisco Mira, João Mota Ferreira, Manuel das Alcáçovas, Gigi, João Galamba, Fernando Jorge, Manuel Correia, Carlos Ricardo e o João de Pegões.

Após alguma pesquisa pelos sites da especialidade, para não cair em repetições nesta crónica, confesso que fiquei estupefacto quando li que o GFAL tinha pegado um novilho de Rodolfo André Proença… Em sorte, calhou-nos uma rés que trazia o número 2 na espádua, pelo que se tratava de um Toiro (6 anos) de Rodolfo André Proença e não um novilho.

O Toiro acusando a idade, teve uns “feios” no capote e no cavalo, medindo bastante os terrenos e só se arrancando pela certa tendo terminado a lide metendo a cara alta. Embora frente a um oponente difícil, a experiência de Manuel Jorge de Oliveira veio ao de cima tendo o ginete conseguido dar a lide adequada.

Para a pega, foi o jovem forcado Carlos Ricardo que após uma boa prestação na novilhada do Forte da Casa, teve aqui uma prova mais a sério. A pega foi brindada à Figura da Noite, Isabel Ramos.

No cite, alguma inexperiência e precipitação colmatados pela forma correctíssima como esteve quando pisou os terrenos de compromisso. Graças a Deus, o Toiro para o forcado não evidenciou os comportamentos que tinha referido, muito embora, para isso tenha contribuído o Carlos Ricardo que esteve muito bem a recuar, tendo uma reunião correcta e aguentando com enorme vontade uma viagem um pouco mais atribulada por culpa de alguma hesitação das ajudas. Uma boa pega e um nome a ter em conta para o restante da época, Parabéns!

Para finalizar, os parabéns à Isabel Ramos, que passou com distinção o “exame” da sua Prova de Praticante, temos Toureira!

Um grande Abraço do Nuno Maria Bonneville