21 junho 2011

Corrida de Alternativa de Filipe Vinhais no Cartaxo

Por motivos do adiamento da corrida do 1º de Maio, data essa com tremenda importância no calendário taurino, prestava provas para cavaleiro profissional Filipe Vinhais. A corrida manteve-se de pé e foi nesta bonita tarde de 19 de Junho, em que o tempo não prejudicou em nada a festa dos toiros, que se realizou esta corrida.

Começo desde já por agradecer o convite para escrever estas palavras ao PP e um ainda maior agradecimento ao “mê” Manel Guerreiro e a sua futura esposa, Susana, que abriram as portas de sua casa para receberem o GFAL e amigos para um agradável e saboroso almoço e para a rapaziada se juntar e fardar para a corrida.

Voltando-me agora para a corrida, tourearam Filie Vinhais em dia de alternativa, apadrinhado pelo Manuel Jorge de Oliveira e como testemunha esteve António Ribeiro Telles. Lidaram-se 3 toiros da ganadaria Casa da Avó e 3 da ganadaria Jorge de Carvalho. Para pegar os mesmos, perfilaram-se o GFAL e os Amadores da Azambuja.

O primeiro da tarde, exemplar da ganadaria Casa da Avó, com 500 kg, foi o mais pequeno da corrida e o toureado pelo Filipe Vinhais para a sua alternativa. Andou ameno e mansote, recebendo uma lide inadequada devido talvez à pouca experiência e ao nervosismo do então cavaleiro profissional. Para a cara do toiro, o Pedro Maria escolheu o Miguel Nunes. Citou bem o oponente e esse teve uma arrancada pronta em que o forcado soube consentir e reuniu perfeitamente não comprometendo a investida franca do toiro. Fez uma viagem tranquila até as tábuas, em que o grupo desempenhou a sua função.

No segundo, outro Casa da Avó com 530 kg, lidado pelo ginete da Torrinha, foi escolhido o Francisco Mira que brindou a todos os antigos elementos que neste dia fizeram questão de apoiar o GFAL. Forcado este que já nos habituou com o seu cite garboso e chamativo desde cá de trás, começou da mesma maneira dando vantagens ao oponente. Este saiu solto e de largo e o Francisco encurtou distâncias, que não foram suficientes pois comprometeu um pouco o grupo para o ajudar, carregando mais a frente, para reunir com um piton no meio das pernas agarrando-se com vontade e ser muito bem ajudado pelo Fábio nas primeiras que não o deixou sair da cara do oponente, como se dizia pelos ignorantes que infelizmente fazem questão de estar nas bancadas das praças. A pega foi consumada com diginidade.

Por fim, o nosso último, um “Jorge de Carvalho” manso mas encastado ao mesmo tempo, calhou então ao Manel Guerreiro, que estava a “jogar” em casa. O Manel citou bem mandou sempre no toiro e presenciou-nos com três valentes tentativas. O toiro era chato, tinha uma reunião alta e dura e já no seio das ajudas, arriava para tirar a cara por baixo. A segunda e as duas terceiras com algumas indecisões não estiveram oportunas e com sitio não permitindo assim nas duas primeiras tentativas consumar esta rija pega. À terceira e já carregado, o Manel concretizou então a sua pega com grande valor e também é de salientar as três grandes primeiras ajudas do Fábio, que deu sempre o cabedal. Agradeceu nos médios com o cavaleiro.

Terminada a corrida, decorreu então um magnífico jantar, cheio de classe no Restaurante Casa do Campo, do nosso velho amigo Francisco Vaz, rematado com uma enorme boa disposição! Queria também não deixar passar o facto de neste dia, estarem presentes muitos dos Gloriosos antigos elementos do GFAL ! Nomes como Arlindo Barreto, Cabaço, Zé Maldonado, Zé Pedro Faro, Carlos Serra, David Campos, Zé João Grande, entre muitos outros, e o mais recente treinador de forcados Luís “Bombeiro” Segão, podem passar ao lado da rapaziada mais nova, mas foram grandes pilares do grupo ao longo dos já 67 anos de história! Foi para mim, um excelente dia para recordar e reviver várias estórias e emoções do passado, vividas com esta grande família.

Pelo GFAL venha vinho!!! E até Domingo para os Conde de Arriaga!

Um grande Abraço,

Carlos Galamba
20 de Junho

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