"À Conquista de Badajoz"

Ainda não tinham batido as nove badaladas da manhã do dia 12 de Junho, já o GFAL se concentrava no parque de estacionamento do Complexo de Feiras e Exposições de Badajoz, para mais uma participação, desta vez na “ FERIA DEL TORO e DEL CABALLO”.
Dado tratar-se de uma demonstração da nobre arte de pegar toiros, o Cabo Pedro Maria Gomes, como é seu timbre deu-lhe a importância de um festejo maior e convocou todos os disponíveis, só apenas à hora de fardar, (calça de ganga e camisa branca) é que dispensou, metade do efectivo, dando oportunidade aos mais jovens de provar que merecem um lugar nas fileiras do GFAL.
A participação do GFAL, estava enquadrada numa tenta publica, com reses da Ganadaria de Herdº de D. Bernardino Piriz, onde depois de picadas e toureadas pelos alunos da Escuela Taurina de La Disputacion de Badajoz, eram pegadas pelo GFAL e encontrava-se agendada para as 12 e 18 horas locais, menos uma hora em Portugal.
A primeira novilha, saiu bem nas varas, codiciosa na muleta, se bem que avisada pelo lado esquerdo. O Cabo PP, escolheu para abrir praça, o Gonçalo Patricio, brindou com classe, deixou-se ver, deu importância à rês e carregou no momento certo, mandando na investida, o que permitiu uma reunião correcta e facilitou o trabalho das ajudas.
A segunda bezerra, foi melhor nas varas e extraordinária na muleta, o que permitiu aos jovens toureiros disfrutar de uma imensidão de passes, que quase “secava” a novilha. Desta vez o PP, proporcionou ao jovem Sérgio, a oportunidade de se mostrar, perante uma plateia que preenchia a totalidade das bancadas do tauródromo Extremenho. Algo nervoso no cite, indeciso no carregar, mas seguro na reunião, penso que existe ali matéria prima para trabalhar, assim o tempo o permita.
Seguiu-se um intervalo para almoço e descompressão nas Casetas da Feria,sem que antes tivesse lugar a tradicional foto de familia, desta vez com o anfitrião Dr. Carlos Franco, Presidente do Clube Taurino Extremenho, que nos endereçou o convite, para participar no evento, e até porque a segunda demonstração estava marcada, para as cinco horas da tarde, hora Portuguesa.
A primeira das três bezerras tentadas, na parte da tarde, saiu menos agressiva no cavalo, razoável na muleta e com força suficiente para investir para o João Silva, ele também filho e sobrinho de antigos elementos do GFAL, ou seja do Mané e do Zé Luis, cite correcto e garboso a deixar-se ver, carregou quando foi preciso e fechou com ganas, como se de um toiro se tratasse.
A segunda da tarde, depois de lidada, coube ao Cabo PP, dar uma oportunidade ao “jovem”, João Pedro Mota Ferreira, até porque ele estava na terra que adoptou por compromissos amorosos, acho que lhe soube a pouco, melhor ainda, faltou substracto, na minha modesta opinião, o João Pedro, já merece uma daquelas à séria e até pode ser de cernelha.
A encerrar a função a terceira bezerra foi picada pelo Ganadero e lidada pelo professor da Escuela Taurina Maestro Luis Reina. Para fechar a actuação do GFAL, foi escolhido o novel Miguel Nunes, mais sereno que no Olival, até porque a responsabilidade (tamanho) era menor, mas nem por isso deixou de fazer as coisas correctamente, agora é só transportar para outras praças a vontade e a clareza de movimentos, frente ao “cara de Papelão”.
Depois de desfardar, o lanche foi por conta dos companheiros “doutores” Sergio Reboredo e Semedo, que destaparam uma elegante geleira repleta de minis fresquinhas, para acompanhar um casqueiro alentejano, guarnecido de belo chouriço e salpicão caseiro (do interrmaché). O António Maria Rijo Pinto, não se fez rogado e sacou dos seus bolos de banha, para acompanhar o despejar da geleira.
Ainda assim, houve tempo para um banho reconfortante e pelas 21 horas, voltou o GFAL a concentrar-se no CRUZ BLANCA, para a ceia, já com algumas baixas, umas por compromissos em Portugal, outra por falta de “capacidade”, ou melhor espaço para armazenagem, já sabem a quem me refiro, aquele que ficou a dormir em casa, enquanto os restantes “limparam” as raciones de calamares e a tão apregoada carne com tomate, acompanhado de vasta cerveja e tinto de verano.
A noite terminou na Feria, para os mais resistentes, enquanto alguns contrariados, tiveram que regressar a quarteis.
Badajoz, 12 de Junho de 2010
Um abraço
João Galamba