03 novembro 2011

Festa de Fim de Época

Foi uma tarde e uma noite, enfim uma jornada, daquelas que ficam na memória de quem lá esteve e que engrandece o grupo e estreita afectos na família GFAL..
A organização coordenada pelo Ernesto Marujo foi de luxo, desde a recepção com que se precaveu contra os coirões que não comeram em casa matando-lhes a danada, ao lauto jantar providenciado, passando pelas rezes bravas que escolheu (já corridas para melhor se calibrar as potencialidades dos diestros.) e pelas montadas de primeira água para os cavaleiros.
A maioria dos participantes fardou-se na Herdade das Almergias dos Herdeiros do meu querido amigo Simão Malta, onde o Simão (neto) recebeu com a natural bonomia que herdou de berço.
Para dirigir a corrida estava o Zé Augusto Batista , com um chapelinho de testo que parecia ter sido herdado do saudoso Pedro Gorjão .
A autoridade era representada pelo Rijo, vestido á maneira de tenente da guarda Republicana. O cabrão do charuto é que não dizia com a perdigota.
As forcadas capitaneadas por Madalena Gomes acusavam a resposabilidade, enquanto os cavaleiros aqueciam os cavalos e o picador aquecia o burro com a ajuda do melhor monosábio chinês da actualidade.
Os velhos Zé Pedro Faro e Zé Maldonado etc. etc. etc., mandavam bocas de incitamento, algumas bem foleiras diga-se de passagem… enquanto malhavam umas “Minis”.
A Cavalo:
Francisco Mira: Hesitante nos compridos esteve enorme nos curtos, terminando com um violino deveras extraordinário.
Ao principio pareceu exitante, mas depois de confiado teve que ser puxado á força para fora da praça.
Patrício: Esteve uns furos abaixo do Mira, mas deu tudo o que tinha. Foi agarrado algumas vezes, mas valha a verdade que já vi profissionais levarem mais toques. No 1º cavalo esteve assim assim, no 2º esteve assim assado…
Nota. Nenhum dos Cavaleiros se destribou, fazendo ver a muitos profissionais da nossa praça que só não se destribam quando em casa toureiam a pé.
Toureio Apeado :
Ramalhinho: Não esteve bem nem mal, esteve de cabeça. Deu tudo o que tinha e a quadrilha esteve enorme, mas desaproveitou esta grande oportunidade.
Ramalhinho fez o que pode, mas pode muito pouco…
Gonçalo Gomes . Com modos toureiros deixou bons apontamentos. Aquele desplante de joelhos , levou o público ao delírio, porém, eu pessoalmente acho que de joelhos só deve ser para rezar ou para… mamar. Digo eu….
A fita do sombrero era o máximo, só faltava ter o preço dependurado…
João Lucas : Esteve artista, e para isso muito contribuiu a figura elegante, a barba e a nobreza da vaca. Tem futuro!!!
Oh João, e que tal uma dieta vegetariana??? Ou uma corrida de 15K diários??? Ou 2 meses sem beber cerveja ou outras bebidas alcoólicas???
Forcados : O grupo feminino brilhou a grande altura. Não podendo deixar de destacar a Madalena Gomes de caras e de Cernelha e a Fátima Marujo nas primeiras e a rabejar, mas verdade seja dita que todas, mas mesmo todas ultrapassaram as expectativas.
O grupo das gerações foi o Máximo. Os putos têm aficcion ás carradas.
Na brega : Salientaram-se todos, mas os melhores momentos foram dos Galambas (pai e filho) , do Nuno Batista e da Carmen Rodriguez.
O picador e o monósabio ( o melhor monosábio Xinês da actualidade) viveram momentos de sério apuro, mas nunca viraram a cara, mesmo quando a tragédia esteve iminente..
Dirigiu com invulgar competência o Sr. José Augusto Batista pese embora o facto de estar permanentemente a ser incomodado pelas melgas… que iam dando nas “Sagres” sem parar.


Um abração do velho,


João Cortesão

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