30 julho 2011

Quinta-feira 28 de Julho, dia da corrida de homenagem ao Forcado na praça de toiros do Campo Pequeno

Em praça os cavaleiros Vitor Ribeiro, Manuel Lupi e o praticante João Salgueiro da Costa.

As pegas estiveram a cargo do Grupo de Santarém, Montemor e Lisboa, que são os Grupos mais antigos actualmente. Não é muito normal ver estes três Grupos estarem juntos para pegar dois toiros, mas a corrida era de homenagem ao Forcado e estavam em disputa dois prémios, melhor pega e melhor grupo.


Para rematar a corrida um imponente curro de toiros António José Veiga Teixeira de Coruche, com idade, peso e trapio.


Os toiros que são o ingrediente essencial para que a corrida resulte com êxito, têm que transmitir emoção, seriedade e respeito, apesar de lhes faltar um pouco de "chispa" nos cavalos, foi nas pegas que mais transmitiram.


Os Grupos em praça revelaram-se dignos de pegar uma corrida de homenagem ao Forcado, fizeram jus a Grupos de 1ª linha, sabendo estar, pegando, mandando como ditam as regras de saber estar diante de um toiro.


Foi bonito ver os três Grupos fazerem um brinde a antigas glórias dos respectivos Grupos, Nuno Megre de Santarém, João Cortes de Montemor e a José Augusto Batista (Zé da Burra) de Lisboa, todos eles merecedores de aplausos, pois foram grande Forcados e proporcionaram-nos grandes pegas e elevaram bem alto e em todo o mundo, essa figura ímpar que é o Forcado Amador.


Para a cara do Pastorinho nº284 e com 540 kg, o nosso primeiro toiro, 3º da corrida, saltou Pedro Maria Gomes (PP), o nosso cabo, e fê-lo de modo irrepreensível, andou para o toiro e mandou, meteu-se com ele e entrou-lhe nos terrenos, sempre sereno e a mandar, o toiro foi tardo em sair mas o PP não vacilou e em terrenos que nos faz secar a boca, carregou com convicção e o toiro saiu, fechou-se com alma. O toiro fugiu um pouco à trajectória do grupo dificultando assim as ajudas, Fábio Gomes o 1º ajuda, só conseguiu ficar com o barrete na mão, bem esteve o João Lucas que apesar de estar um pouquinho anafadinho foi o que conseguiu pôr a "carne no assador", o grupo de pronto reuniu e concretizou-se a pega à 1ª tentativa. (Eu acho que eles pensaram assim, "deixa ir que vai bem agarrado, ...assim o cabo brilha mais"...) Estou a brincar, as ajudas não podiam ter feito melhor, uma vez que o toiro "fugiu" ao Grupo.


Para o último da noite o Repassado nº249 com 664 kg, foi o Forcado Gonçalo Maria Gomes, uma "bomba" que poderia ter resultado numa das melhores pegas da noite, mas assim Deus não quis, na primeira tentativa o toiro sai de largo, o Gonçalo recua e tem uma boa reunião, enchendo a cara do toiro (como só ele sabe) mas, ao 2º ou ao 3º derrote saiu todo inteiro, a falta de cara no toiro não ajudou, na segunda tentativa o Gonçalo esteve igual, o 1º ajuda Mota Ferreira esteve bem mas penso que tardaram os restantes ajudas, calmo e sem precipitações, muito valor de determinaçãoo Gonçalo e o Grupo consumaram a pega à terceira tentativa, ao toiro mais complicado da noite, saiu-nos a nós a fava.


Santarém e Montemor pegaram os seus toiros à primeira tentativa, prémio para o melhor Grupo coube ao Grupo de Santarém e a melhor pega ao Grupo de Montemor por intermédio de José Maria Cortes, numa grande pega.


Mas pegar toiros tem destas coisas, nem sempre corre bem, mas não menosprezou em nada a nossa prestação, e situações destas é que põe a rapaziada no sítio e nos faz pensar que pegar toiros não é para qualquer um, é uma coisa muito bonita mas uma coisa séria e que temos de ter a capacidade de superar as dificuldades que nos surjam, sempre com a cabeça fria e determinação. Foi assim que eu vi o meu Grupo, parabéns, mais corridas virão e as coisas vão correr com certeza melhor.


Não fiquei para jantar porque não me era possível ficar até de madrugada. Mas julgo saber que correu bem, como é já hábito, continua a ser um Grupo que vai ganhando mais amigos e simpatias, obrigado a todos os que nos acompanham, vocês fazem parte deste Grupo de amigos e transmitem-lhes confiança e fortalecem-no.


Para o Grupo de Lisboa Venha Vinho...


Um abraço,

Carlos Ramalhinho

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