21 agosto 2013

Córdoba do GFA de Lisboa


É bem capaz de ser a crónica mais fácil que aqui escrevo. Antes de mais, porque tudo está bem, quando acaba bem. Depois, talvez por preguiça, porque há que trabalhar e as atenções (as minhas seguramente) já se centram em Albufeira, não vos irei maçar muito socorrendo-me da velha máxima: "uma imagem vale mais do que mil palavras".

Ainda assim, há alguns apontamentos dignos de registo, a saber:


Malveira, terra de inúmeros forcados do nosso grupo (notem que nas cortesias, apenas 2 não são da terra) e do "nosso" torero Manuel Dias Gomes;
Terra do nosso (ex)Cabo José Luís Gomes;
Terra do nosso "centro de Estágio";
Terra onde já vivemos todas as emoções possíveis, desde o triunfo ao drama e à tragédia, mas donde tiramos um saldo bastante positivo.
Corrida de Toiros com 3 cavaleiros da região, António Maria Brito Paes, Marcelo Mendes e David Gomes. Toiros da prestigiada Ganaderia Oliveiras e Irmãos e a partilha do cartel com o Grupo de Forcados Amadores da Tertúlia Tauromáquica Terceirense.

Tudo começou bem, com a excelente recepção que nos foi proporcionada pela Júlia e pelo Pedro Nunes, desta forma só se pode esperar uma tarde redonda por diante, e assim foi! Um grande Olé para a Júlia e para o Nunes, muito obrigado por tudo!

Chegando à praça, e mais uma vez constatar o apoio de vários (de várias gerações) antigos elementos, mais uma recarga na moral!

Os Toiros, actor principal, deram todos bom jogo, com realce para o 3º e 5º (o melhor da corrida) da ordem. Mais que merecidas as chamadas à praça do Maioral.

Quanto a nós, foi um verdadeiro "Cordobés en Cordoba" uma vez que as três pegas foram executadas por forcados da Terra.

Para o primeiro, foi o experiente Pedro Miranda, que nos "empresta" sempre a mesma seriedade, independentemente da praça ou da corrida em causa (como poderão comprovar pelo vídeo). Achei que houve Pedro a mais para o toiro em questão, o que só por si, diz tudo.



A seguir, um forcado que é constantemente "massacrado" nas ajudas, a ter a oportunidade de pegar de caras na sua terra. Esteve muito bem e não fosse o rigor a que estamos obrigados, dir-se-ia que a pega foi concretizada à primeira tentativa, uma vez que o toiro na primeira passou-lhe ao lado e não chegou a haver reunião. Nota para a 1.ª ajuda do João Abreu (mais um forcado da terra) que foi bastante oportuna.



O 5º, que não costuma ser mau (e que desta vez foi extraordinário) fez recair a aposta no Daniel Batalha que este ano tem vindo a dar provas da sua evolução. O nosso Cabo, Pedro Maria Gomes, também sentia que se estava a chegar ao fim de uma actuação redonda e para esta pega decidiu recriar a sorte do "número" que foi protagonizada pela primeira vez (década de 60) na altura do Mestre Nuno Salvação Barreto, pelo forcado José Carlos Eusébio (Pai dos forcados José Carlos e Ricardo Eusébio).
O Daniel esteve enorme, o toiro colaborou e a prontidão das ajudas proporcionaram uma grande pega!



Para acabar este dia em beleza, a família Batalha abriu-nos as portas da sua casa para um magnífico jantar onde imperou a boa disposição. Ao Daniel e a toda a sua família, muito obrigado.



Dizia eu no princípio que não vos iria maçar muito e já vamos aqui… É altura de parar, porque já só consigo pensar na corrida que nos espera hoje pelas 22h na Praça de Albufeira!
Vamos aí com alma!

Um grande abraço,


Nuno Maria Bonneville

n.d.r. Fotografias cedidas pelo nosso amigo Carlos Ramalhinho

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